O Laboratório de Artes Visuais tem como objetivo aprofundar conhecimentos e experiências teóricas e práticas na área das Artes Visuais, promovendo o debate estético e crítico na perspectiva da experimentação de linguagens. A estrutura do Laboratório de Artes Visuais, em sua 7ª edição, é composta por dois percursos interdependentes: Temporada Formativa (2019), que equivale a um curso majoritariamente teórico, e a Temporada Investigativa (2020), de desenvolvimento de projetos artísticos previamente selecionados. A turma da Temporada Formativa contou com 30 participantes, ao final, 4 projetos foram selecionados para a Temporada Investigativa, totalizando 8 projetos contemplados a partir da seleção aberta realizada no decorrer deste ano.
Em seis edições (de 2013 a 2018), o Laboratório de Artes Visuais contemplou 26 projetos, sendo quatro por ano (excepcionalmente em 2014, foram seis projetos).
Tutores
Ana Lira

Tutora dos projetos “Arqueologia de luzes negras’”, de David Felício e Jorge Silvestre, e “Língua Ferina: Artista Retirante e a Fertilização da imagem”, de Maria Macêdo.
Ana é artista visual, fotógrafa, curadora, rádio host, escritora e editora baseada em Recife (PE – Brasil). É especialista em teoria e crítica de cultura. Observa a (in)visibilidade como forma de poder e dedica atenção a dinâmicas envolvendo sensibilidades cotidianas. Sua prática é baseada em processos coletivos e parcerias, tendo trabalhado com eles por mais de duas décadas. Nestas iniciativas dedica-se a fortalecer práticas colaborativas de criação que observam as entrelinhas das relações de poder que afetam nosso processo de comunicação, as articulações do cotidiano e a forma como produzimos conhecimento no mundo.
Elton Panamby

Tutore dos projetos “na barriga do monstro”, de Charles Lessa, e “historicizando o invisível”, de soupixo.
Elton Panamby é artista, desensinadore, mãe. Desenvolve trabalhos em múltiplas linguagens ao longo de 12 anos dedicados à pesquisa e criação a partir de limites psicofísicos atrelados a práticas de modificação corporal em experiências rituais, aparições, vultos e visagens. Vem nessa esteira desde a graduação (Comunicação das Artes do Corpo – PUCSP) até o doutorado concluído em 2017 na Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. Segue suturando na vida após a pós. Passou a gerar sonoridades como prática poética no/do escuro, principalmente nos últimos 5 anos. Seu trabalho é orientado por questões raciais e de gênero.
Castiel Vitorino

Tutora dos projetos “Encantadas: saberes mágicos em lugares sagrados”, de Eliana Amorim, e “travestis são como plantas”, de Sy Gomes
Castiel Vitorino Brasileiro (1996). Artista visual, macumbeira e psicóloga formada em Universidade Federal do Espirito Santo. Atualmente mestranda no programa de Psicologia Clínica da PUC-SP. Vive a macumbaria como um jeito de corpo necessário para que a fuga e o descanso aconteçam. Dribla, incorpora e mergulha na diáspora Bantu, e assume a vida como um lugar perecível de liberdade. Atualmente, desenvolve estéticas macumbeiras de sua Espiritualidade e Ancestralidade Travesti. Idealizadora do projeto de imersão em processos criativos decoloniais Devorações. Nasceu em Fonte Grande. Vitória/Espirito Santo – Brasil.
Rosana Paulino

Tutora dos projetos “Como construir nosso próprio país”, do coletivo Terroristas del Amor, composto por Dhiovana Barroso e Marissa Noana, e “Plantomorfias: uma coleção de sensibilidades entre corpo e natureza”, de Henrique Braga.
Rosana Paulino é artista visual, educadora e pesquisadora. Possui graduação pela Universidade de São Paulo e doutorado pela mesma instituição, na modalidade DD – Doutorado direto. Suas obras questionam o local ocupado pela mulher negra no Brasil e os efeitos deletérios da escravidão em nossa sociedade. Expos em importantes museus no país e no exterior e tem obras em instituições como a Pinacoteca do Estado (SP), MASP (SP), MALBA (Argentina) e UNM – University of New Mexico Art Museum (USA).